brasília-dfConheça as estações de tratamento de esgoto de Brasília
Além de todas as excitantes atividades que garantem o funcionamento de uma cidade, como policiamento, serviços médicos, comércio, construção de habitações, administração pública, etc., há a necessidade de resolver a questão do que fazer com o esgoto. Em boa parte literalmente subterrânea e pela atenção que a sociedade lhe dá, quase clandestina, o encaminhamento do esgoto é essencial para que se atendam as necessidades higiênicas das cidades modernas. Em Brasília não é diferente, e, esta é a oportunidade de conhecer as estações de tratamento de esgoto da cidade que Juscelino encomendou, o gênio de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer imaginaram e o trabalho duro dos candangos ergueu:
1 – ETE Brazlândia
Essa ETE tem vazão de 41 litros por segundo e localiza-se no Setor Sul. Nela, ocorrem os tratamentos de lagoa anaeróbica (processo em que o material orgânico é transformado em água, metano e gás carbônico em lagoas de entre 3 e 5 metros de profundidade) e de lagoa facultativa (que combina atividades aeróbicas e anaeróbicas em lagoas menos profundas do que as mencionadas anteriormente – um de seus produtos finais é o gás carbônico). A água que passa por ela é lançada no Rio Verde. Atende a área de Brazlândia.
2 – ETE Sobradinho
Atende a área de Sobradinho localizando-se no Setor de Indústria e apresentando uma vazão atual de 77 litros por segundo. Os tratamentos aplicados nela são o de lodos ativados (processo biológico exclusivamente anaeróbico para a decomposição de material orgânico) e tratamentos químicos. A água que passa por ela é recebida no Ribeirão Sobradinho.
3 – ETE Planaltina
Atendendo à área de Planaltina, localizada em Planaltina em frente ao Morro da Capelinha, apresenta atualmente uma vazão de 154 litros por segundo. O corpo que recebe a água tratada por ela é o Ribeirão Mestre d’Armas. Os tratamentos aplicados nela são o de reator anaeróbico de fluxo ascendente (em que esgoto doméstico é lançado em um tanque de fibra fechado em que bactérias anaeróbicas atuam, o que dispensa ventilação) acoplado a lagoa facultativa e lagoa de maturação (método em que se usa uma lagoa de baixa profundidade para complementar outros métodos – devido à incidência da luz ultravioleta do sol, é especialmente boa para remover bactérias e vírus).
4 – ETE Vale do Amanhecer
Atende a região do Vale do Amanhecer. Sua vazão é de 18 litros por segundo. As águas tratadas por ela são recebidas pelo Rio São Sebastião. Os métodos usados nela são o do reator anaeróbico de fluxo ascendente, o de lagoa aerada facultativa e o de lagoa de maturação.
5 – ETE Norte
Atende várias áreas da cidade inclusive o Lago Norte e parte da Área Central de Brasília. O corpo receptor de suas águas é o Lago Paranoá. Sua vazão é 450 litros por segundo e os processos que usa são o de remoção biológica de nutrientes (transformação de amônias em nitratos, ou seja, nitrificação, na ausência de oxigênio) e polimento final.
6 – ETE Paranoá
O corpo que recebe suas águas é o Lago Paranoá. Atende às áreas de Paranoá e Itapoã e sua vazão é de 100 litros por segundo. Os tipos de tratamento por que as águas passam lá são o de reator anaeróbico de fluxo ascendente, o de lagoa de alta taxa e o de escoamento superficial (basicamente, os efluentes são lançados em um tabuleiro de terra inclinado com vegetação – à medida que a água avança pela inclinação, processos químicos e biológicos vão eliminado poluentes).
7 – ETE Sul
Com vazão média atual de 1319 litros por segundo, serve a Asa Sul/ Parte da Área Central de Brasília, Núcleo Bandeirante, Guará I e II, Cruzeiro/Octogonal/Sudoeste, Lago Sul (parte), Riacho Fundo (Quadra QN1), S.I.A., Parte de Águas Claras, Candangolândia, cidade do automóvel e setor de inflamáveis. Os tratamentos aplicados nela são o de remoção biológica de nutrientes e o de polimento final. A água dela é recebida pelo Lago Paranoá.
8 – ETE Melchior
Atualmente, sua vazão média é de 770 litros por segundo. Atende Taguatinga, Ceilândia, parte de Águas Claras e parte de Samambaia. As águas são tratadas através de reator anaeróbico de fluxo ascendente e do reator aeróbico (os microrganismos que atuam nesses reatores usa a matéria orgânica como alimento para seu desenvolvimento). O Rio Melchior recebe a água tratada por essa estação.
9 – ETE Samambaia
Sua vazão média é de 502 litros por segundo. A água é tratada pelos métodos de reator anaeróbio de fluxo ascendente, de lagoa facultativa, de lagoa de alta taxa, de lagoa de polimento e de polimento final. O Rio Melchior e o Córrego Gatumé recebem suas águas. Atende à área de Samambaia.
10 – Riacho Fundo I
Os métodos de tratamento de água aplicados são os dos lodos ativados e da remoção biológica de nutrientes por batelada. O Riacho Fundo recebe as águas tratadas por essa estação. Atende a área de Riacho Fundo I. Sua vazão média é de 46 litros por segundo.
11 – ETE São Sebastião
Atende à área de São Sebastião. Sua vazão média é de 131 litros por segundo. Seus métodos de tratamento são o de reator anaeróbico de fluxo ascendente, escoamento superficial e lagoa de maturação. O corpo de água que recebe suas águas é o Ribeirão Santo Antônio da Papuda.
12 – ETE Recanto das Emas
Sua vazão média é de 184 litros por segundo. Atende Recanto das Emas e Riacho Fundo II. Os tratamentos aplicados nele são o de reator anaeróbico com fluxo ascendente, reator aerado e lagoa aerada facultativa. Suas águas são lançadas no Córrego Vargem da Benção.
13 – ETE Gama
Sua vazão média é de 187 litros por segundo. Atende a área de Gama. Os tipos de tratamento que se dão nela são o de reator anaeróbico de fluxo ascendente, reator biológico e clarificador. Suas águas são lançadas no Ribeirão Ponte Alta.
14 – ETE Alagado
Vazão média de 80 litros por segundo. Atende a área de Santa Maria. As águas são lançadas no Rio Alagado. Os métodos de tratamento são de reator anaeróbico de fluxo ascendente, lagoa de alta taxa, escoamento superficial e polimento final.
15 – ETE Santa Maria
Sua vazão média atual é de 51 litros por segundo. Atende à área de Santa Maria. Os métodos de tratamento de esgoto são de reator anaeróbio de fluxo ascendente, lagoa de alta taxa, escoamento superficial e polimento final.
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Fonte: CAESB - http://atlascaesb.maps.arcgis.com/apps/MapJournal/index.html?appid=9babae05a8a1444180cdf3df83f67fb7